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Por Eliane Freitas
Um dos compromissos assumidos pelo prefeito Cassiano Maia (PSDB), anunciado assim que tomou posse, é atender à principal reivindicação da Associação dos Pais e Amigos dos Autistas de Três Lagoas (AMA), na construção de uma Clínica Escola com centro especializado para atender os mais de 450 autistas cadastrados no município.
Em entrevista à Difusora, uma das fundadoras da entidade, Neide Lima, reafirmou a necessidade de um espaço adequado e equipado, que ofereça todos os atendimentos necessário às crianças e jovens que convivem com o TEA, transtorno do espectro autista.
Neide explica que “muitas mães dependem de vagas oferecidas pela Secretaria de Saúde, para conseguir terapias e assistência adequada nas unidades que oferecem o método ABA, linha de análise de comportamento, o que geralmente tem custo muito alto, alta procura e vagas limitadas”
A presidente da AMA revelou o valor que a prefeitura paga para o acompanhamento do filho, em uma unidade ABA, cerca de R$17 mil, por mês. O que demonstra a necessidade de apoio a todas às famílias. “Quando as famílias puderem contar com uma Clínica, as oportunidades aumentam”, destaca Neide.
Há 12 anos a AMA se organiza e encabeça a luta das famílias autistas no município. A primeira conquista veio com o acompanhamento dos estudantes com TEA nas escolas municipais. A partir do ano letivo de 2024, todos os alunos com TEA vêm sendo acompanhados por profissionais dentro das salas de aulas. São 100 pedagogos, que recebem salário de R$ 4.420, com carga horária de 40h semanais. A equoterapia é outra conquista recente para os autistas, porém nem todos têm acesso porque o número de vagas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é bastante reduzido, diante da demanda. São 50 vagas para um cadastro de 450.
Neide lamenta, pois “além da equoterapia, as famílias enfrentam poucas oportunidades também para conseguir terapias essenciais, como a ocupacional e a fonoaudiológica, que são escassas na rede pública.”
Para as famílias que têm plano de saúde, a luta chega à justiça, geralmente. Em Três Lagoas, as famílias podem buscar o apoio da OAB – Três Lagoas, que acompanha brigas judiciais contra seguradoras do país, pela cobertura de terapias do método ABA, quando prescritas por médicos.
Os tribunais não tem aceitado negativas de coberturas e as famílias têm sido atendidas, mas muitas precisam antes recorrer à justiça. Uma luta exaustiva para garantir o direito à qualidade de vida de crianças e jovens que podem evoluir como qualquer outra pessoa, desde que tenha o suporte adequado.