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Redação Difusora
A empresa de Paranaíba que foi alvo da operação ‘Última Dose’, vendeu mais de R$ 90 milhões de bebidas destiladas com notas ‘esquentadas’ no estado de Goiás, segundo investigação do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e Sefaz (Secretaria de Fazenda do Estado). A informação foi confirmada pela delegada Ana Claudia Medina, do Dracco, e pelo Superintendente de Administração Tributária da Sefaz, Bruno Bastos.
A organização criminosa é envolvida em um esquema de fraude fiscal estruturada no setor de bebidas alcoólicas destiladas famosas. A empresa de Paranaíba usava empresas “noteiras” de Goiás para vender as bebidas, tendo, inclusive, vendido R$ 90 milhões desde 2020.
“Essas empresas utilizavam notas frias, traziam bebidas de forma clandestina e, em seguida, recorriam a empresas de fachada para documentar que as bebidas haviam sido adquiridas com o recolhimento de impostos. Os prejuízos nos cofres públicos ultrapassaram 18 milhões de reais desde 2021”, afirmou a delegada do Dracco.
Os criminosos abriam e fechavam empresas constantemente para tentar burlar a fiscalização e criaram uma espécie de engenharia tributária para não pagar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) quando o produto entrasse em Mato Grosso do Sul.
“As empresas de fachada ‘esquentavam’ operações e a empresa de Paranaíba comercializava bebidas como se o imposto já tivesse sido recolhido por meio de substituição tributária, utilizando as empresas noteiras de Goiás. As vendas chegaram a R$ 90 milhões e as empresas noteiras emitiram 44 milhões de notas”, afirmou o Superintendente de Administração Tributária da Sefaz.
A delegada Ana Claudia Medina também ressaltou que, com a descoberta da fraude, foi apurado que teria ocorrido, inclusive, um enriquecimento ilícito. Por isso, agora o intuito é identificar aqueles que se beneficiaram com a fraude e, posteriormente, responsabilizar os criminosos.
Na terça-feira (22), foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três em Mato Grosso do Sul, na cidade de Paranaíba, um em Goiás, na cidade de Itajá, e outro em São Paulo, em São José do Rio Preto.
As investigações foram iniciadas a partir de dados levantados pela Sefaz de Mato Grosso do Sul, que revelaram que uma empresa estava adquirindo mercadorias de “empresas noteiras”, responsáveis pela emissão de notas fiscais fraudulentas.
A operação ‘Última Dose’ busca elucidar a rede criminosa envolvida no esquema, com foco na recuperação dos valores desviados e na responsabilização dos envolvidos, que poderão responder por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sem prejuízo de outros.
Informações Polícia Civil Mato Grosso do Sul