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Eliane Freitas
A primeira linha de investigação da morte de Laysa Moraes Ferreira, 30 anos, aponta que o crime tenha sido cometido por facção criminosa. A polícia se baseia em fotos publicadas pela rapper, em redes sociais, onde a cantora aparece fazendo um gesto com três dedos, que possa ter sido confundido com o de facção rival ao Comando vermelho, que tem força no estado vizinho, segundo aponta a polícia. Crimes com essa motivação têm sido cometidos nos últimos meses, pelo país.
O corpo da rapper foi encontrado nessa quinta-feira e não tinha sinais de violência, mas à imprensa, a Polícia Civil de Mato Grosso afirmou que a jovem foi enrolada em um tapete, amarrada a uma lata com concreto e jogada viva no rio.
Laysa tinha o costume de fazer vários gestos nas redes sociais e durante os shows e até o momento, a polícia não encontrou indícios de que a rapper teve algum envolvimento com crimes. Laysa trabalhava e não tinha passagem pela polícia. A polícia, então, não descarta outras linhas de investigação.
A polícia chama a atenção para este movimento de execuções autorizadas pelo “tribunal do crime” por rixa entre facções criminosas nacionalmente conhecidas pelo tráfico de drogas e armas, mortes e violência. Em setembro de 2024, duas irmãs foram torturadas e brutalmente assassinadas a mando de uma facção, em Porto Esperidião (MT). As mortes de Rayane Alves Porto, 25 anos, e a irmã dela, Rithiele Alves Porto, 28, foram a mando de um líder do Comando Vermelho, segundo apurou a polícia na época. Isto porque as jovens teriam o publicado em redes sociais fotos, fazendo o polêmico gesto com três dedos.
Natural de Três Lagoas, Laysa morou em Campo Grande por 12 anos e era reconhecida como uma das principais vozes do freestyle no Centro-Oeste, a artista conquistou diversos títulos em batalhas de rap, incluindo o campeonato “Vai Ser Rimando”, promovido cantor e compositor Emicida. A polícia segue com as investigações e aguarda denúncias, ou qualquer informação que possa contribuir para esclarecer e encontrar os culpados do crime.
