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Deflagrada em Mato Grosso do Sul e mais 16 Estados, a Operação Hades combate organização criminosa que movimentou R$ 300 milhões por meio de sofisticado esquema de lavagem de dinheiro.
Liderada pela Dracco de Alagoas (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), a ação expediu 61 mandados em Mato Grosso do Sul, sendo 19 de prisão e 42 de busca e apreensão. O combate ao crime incluiu policiais de Campo Grande, Ponta Porã, Três Lagoas, Paranhos, Fátima do Sul, Ladário, Jardim e Corumbá.
Em MS, sob a coordenação do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), foram cumpridas 36 ordens judiciais, com a prisão de 15 pessoas nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas e Coxim. A ofensiva apreendeu veículos, armas, joias, dinheiro em espécie e drogas.
A operação mira integrantes de duas organizações criminosas que atuavam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O fio da meada foi a movimentação financeira de dois casais: um alagoano e o outro paraense.
Eles eram responsáveis pelo tráfico de drogas em larga escala no território de Alagoas. Segundo a investigação, os dois casais fazem parte da cúpula de duas grandes organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e no estado do Pará.
Na sequência, o trabalho identificou ramificações nos 17 Estados alvos da operação: MS, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Dinheiro também foi apreendido durante a operação Hades.
Também foi constatado que os fornecedores da droga que abastecia o mercado alagoano eram de São Paulo. Eles recebiam as drogas de Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com Paraguai e Bolívia.
A investigação verificou que os dois grupos utilizavam esquemas de lavagem de capitais, com a utilização de empresas de vários segmentos, como peixarias, aluguel de veículos, manutenção de automotores, depósitos de bebidas, transportes de cargas.
Ainda ficou comprovado o uso frequente de contas bancárias de pessoas próximas e outras identificadas como laranjas, com finalidade de movimentar grandes quantias de dinheiro de forma ilegal.
Desta forma, houve movimentação financeira de mais de R$ 300 milhões em contas bancárias analisadas ao longo da investigação. Muitos dos membros das duas organizações criminosas investigadas ostentavam um elevado padrão de vida: viagens, veículos de luxo e residências e apartamentos em condomínios de alto padrão.
Campo Grande News.