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Pai empurra criança de 4 anos que abraçava seu filho e é acusado de racismo na capital - Difusora FM 99.5

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Pai empurra criança de 4 anos que abraçava seu filho e é acusado de racismo na capital

Enquanto alunos da escola Municipal Profª Iracema de Souza Mendonça, localizada no bairro Universitário, se perfilavam para início de mais um dia letivo, uma cena de violência por parte de um pai tomou conta das redes sociais, após o homem de 32 anos agredir uma menina negra de quatro anos logo após passar de maneira violenta pela própria diretora da unidade.

As imagens originais da agressão tem cerca de 50 segundos, registradas por volta de 07h pelo circuito interno de proteção da Escola Municipal.

No vídeo, o filho do autor das agressões está parado, assim como demais alunos, quando a colega chega por trás arrastando sua mochila de rodinhas cor-de-rosa e, com o braço esquerdo, abraça a criança por menos de três segundos.

A monitora chega, ao lado de um terceiro aluno, e enquanto conversava com a menina, o agressor a surpreende empurrando a garota pelas costas e puxando o filho pelo braço para fora da instituição.

Caso de polícia

Segundo informações da Polícia Civil, após sair com o filho, o autor voltou em seguida à unidade e foi até a sala da diretora, que já registrava o ocorrido em ata escolar.

“Ainda nervoso, na sala da diretora ele teria dito ao filho que se caso a menina ou qualquer outra criança se aproximasse dele, que ele poderia bater”, expõe a PC em nota. Importante frisar que a Depca segue com as investigações.

Diante da agressão, a Guarda Civil Metropolitana foi acionada e levou os envolvidos para a delegacia, onde foi lavrado termo circunstancial de ocorrência, registrada como “contravenção de vias de fato”.

Conforme relato policial, o homem ficou do lado de fora após deixar o filho na escola. Questionado, o homem de 32 anos que agrediu uma criança negra de apenas quatro disse que seu filho tem “fobia”, apesar de não mencionar qualquer laudo.

Ainda segundo as autoridades, ele chegou a pedir que a monitora separasse seu filho da menina; solicitou que a diretora afastasse os dois e, sem ser atendido, começou a ficar nervoso e ameaçar entrar no espaço.

Impedindo que o homem entrasse no espaço destinado aos pequenos, a diretora de 69 anos foi empurrada pelo agressor, que foi em direção aos pequenos, resultando na violência para com a criança negra.

Após o empurrão, o homem visivelmente alterado ainda olha para a criança e gesticula apontando o dedo para a pequena, que recua e se encolhe junto à parede.

Aos policiais, o homem disse que se arrependeu assim que chegou na esquina, e por isso retornou para conversar com a diretora, momento que, ainda nervoso, teria confessado as instruções para que seu filho agredisse aos colegas que se aproximassem.

“Supostamente racismo”

Ainda que, até o momento, a investigação da polícia civil não aponte para indícios de racismo, não demorou para que o suposto autor das agressões fosse identificado e suas redes bombardeadas com mensagens em referência ao episódio.

Reprodução/Facebook. 

Com o agressor supostamente identificado, não demorou para que o perfil recebesse uma enxurrada de comentários o chamando de monstro; covarde; agressivo; racista e questionando se o perfil é, de fato, pertencente ao agressor.

Não bastassem os comentários nas publicações pelo Instagram, o mesmo perfil foi localizado no Facebook, onde os internautas encontraram diversas publicações sinalizadas como “fake news” por perfis de verificação como inverídicas e descontextualizadas, publicadas principalmente em 2018.

Além de repostar vídeo sobre armamento e apoios declarados ao ex-presidente, o perfil expõe uma publicação feita quatro dias após o primeiro turno das eleições de 2018 que mostram uma suástica; revolver e a expressão “morte a negrada” em apoio ao então candidato Jair Bolsonaro.

Correio do Estado.

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