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Em meio a queimada recorde no Pantanal, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou, nesta quarta-feira (10), o avanço no combate às queimadas que castigam a região pantaneira.
Conforme explicou a ministra, a força tarefa que atua no combate aos incêndios foi responsável por extinguir 30 dos 54 incêndios registrados na região. No restante dos focos de incêndio, 13 estão em situação controlada.
“Nós temos o início de uma estabilização. Isso tem a ver com todas as ações feitas conjuntamente com os governos do estado, com um esforço grande do Governo Federal, uma verdadeira força-tarefa de enfrentamento aos incêndios”, relatou a Ministra.
Os esforços para o combate aos incêndios contabilizam 830 profissionais envolvidos, 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases em operação em Corumbá, Poconé, Porto e Conceição.
No entanto, além dos esforços, um dos principais aliados na redução dos incêndios tem sido a chegada da frente fria unida à chuva, como aponta o painel do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia (Lasa da UFRJ).
Segundo dados do Lasa, a evolução diária contabilizou um avanço de apenas 400 hectares de área queimada, índice esse que inclusive teve avanço recente após uma primeira queda brusca registrada.
Além da chuva, o começo da semana registrou uma redução drástica do fogo depois que as condições climáticas passaram a ser favoráveis – com a redução da temperatura mínima na região de Corumbá para 14°C e máxima para cerca de 20°C, umidade do ar ficando entre 90% e 40% e velocidade do vento para cerca de 10 km/h.
Dados do programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicaram que não houve registro de focos na segunda-feira (7), quando o frio chegou com força na região de Corumbá. Até o sábado (6), quando as baixas temperaturas ainda não estavam fixadas, o Inpe indicou 21 focos para o território.
As chuvas que têm atingido o Pantanal nas últimas semanas trazem um alívio crucial para a região, que enfrenta queimadas devastadoras há mais de um mês. Este fenômeno natural não apenas umedece o solo ressecado, diminuindo a propagação do fogo, mas também aumenta a umidade relativa do ar, tornando as condições menos propícias para a ignição e a propagação de incêndios.
Além disso, as chuvas colaboram na revitalização da vegetação e dos corpos d’água, essenciais para a biodiversidade local. Especialistas destacam que a temporada de chuvas é essencial para mitigar os impactos das queimadas sazonais, oferecendo um respiro para o ecossistema pantaneiro e permitindo sua recuperação gradual.
Correio do Estado.