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Justiça mantém preso universitário que atropelou e matou atleta em rodovia de MS

Em audiência realizada na manhã deste domingo (16), foi decretado que o estudante de medicina João Vitor Vilela, de 22 anos – responsável pela morte de Danielle Oliveira, continuará preso, conforme decisão do juíz Aluízio Pereira dos Santos. O acidente aconteceu pela manhã do último sábado (15), quando Danielle foi atropelada enquanto corria na MS-010, saída para Rochedinho.

João Vitor chegou à audiência acompanhado de seu advogado, Leandro José de Arruda Flávio. Durante a defesa foi requerido prisão domiciliar com uso de tornozeleira, com a justificativa de que o estudante estaria sendo ameaçado de morte, no entanto, o pedido foi recusado.

Amigos e colegas da atleta se reuniram em frente ao Fórum de Campo Grande para pedir por justiça e esperar o resultado da audiência.

O acidente
O motorista, havia saído de uma casa noturna e estava em um Fiat Pulse prata, em alta velocidade, quando perdeu a direção, atingiu o grupo e atropelou ela e outra corredora, que se exercitavam junto de um grupo com 20 pessoas, no acostamento da rodovia,

João Vitor estava visivelmente bêbado e foi preso em flagrante por embriaguez ao volante. Latinhas de cerveja foram encontradas dentro do veículo e uma pulseira de boate estava no pulso do autor.

Socorristas tentaram reanimar a atleta por uma hora, mas sem sucesso. A parte lateral frontal do Fiat Pulse foi amassada e teve o vidro quebrado. Não se sabe o estado de saúde da mulher que teve ferimentos.

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil, Polícia Científica e funerária foram acionados para efetuar os procedimentos de praxe.

Danielle corria para combater o luto
Danielle começou no esporte após perder a filha Geovanna, de apenas quatro anos, por um câncer renal. Diagnosticada com Tumor de Wilms, a pequena partiu aos 4 anos e nove meses, após um longo tratamento.

Desde a morte precoce da filha, viu na corrida um meio para combater o luto, e desde 2018 passou a competir em provas de longa distância.

“Por trás de uma mulher que corre, existe uma mãe solo que trabalha e não deixa faltar o pão de cada dia, que sepultou uma filha de 5 anos, que sofreu com divórcio, que aprendeu a morar sozinha, que dorme pouco para atender as filhas e por preocupação com as contas Por trás de uma mulher que corre existe uma mulher que tem muita pé, que sonha com dias melhores e menos preocupantes, que treina e é compromissada consigo. E ser disciplinada não é tão difícil pois já enfrentou situações tão difíceis na vida que ser fiel aos seus objetivos é o de menos”, compartilhou a atleta nas redes sociais.

A atleta deixa duas filhas, uma de 19 anos e outra de 6 anos.

Correio do Estado

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