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Eliane Freitas
Construído há mais de 7 anos, o prédio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Três Lagoas deve receber equipamentos e mobília somente no primeiro semestre de 2025, e só deverá começar a atender no segundo semestre do ano que vem.
A informação foi repassada pelo Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), à reportagem da Difusora, depois de uma série de denúncias e cobranças da Promotoria do Meio Ambiente de Três Lagoas, que acompanha a morosidade do Estado, desde que o prédio do Cetas ficou pronto, em 2017.
O promotor de justiça do Meio Ambiente Antônio Carlos Garcia de Oliveira, que acompanha a situação desde 2015 quando o projeto foi idealizado e acolhido pelo Imasul, considera descaso a demora do Estado, para ativar a unidade.
Segundo o promotor, o repasse de verbas compensatórias, destinadas ao Cetas, fez parte do acordo entre o Imasul e as empresas de celuloses, para que os empreendimentos se instalassem na região. Medida para amenizar os reflexos negativos que a indústria provocaria no bioma local, principalmente para a fauna. O prédio foi construído com esforços do Conselho Municipal do Meio Ambiente, em uma área cedida pelo Estado, e ainda segundo a promotoria do Meio Ambiente, somente uma das empresas já repassou cerca de R$ 1 milhão ao Imasul, com destinação ao Cetas, mas até o momento a unidade está fechada, sem a estrutura necessária para atender.
Segundo dados da promotoria, a Polícia Militar Ambiental (PMA) resgata em média 4 animais silvestres, diariamente, pelas estradas, propriedades rurais e áreas urbanas da região e a maioria depende de atendimento imediato para conseguir sobreviver e voltar à natureza. Mas a PMA se depara com a falta de estrutura na hora de conseguir atendimento adequado para os animais feridos e as equipes precisam se deslocar 333km, até Campo Grande, para para conseguir o socorro e muitos animais não resistem à distância, tornando o número de perdas maior que o de recuperação. O Cetas poderia mudar a situação, se pudesse fazer sua função de servir de ponto de apoio imediato, oferecendo os cuidados médico veterinários, antes que animal seja encaminhado para centros mais especializados.
O Instituto justificou por meio de nota enviada à reportagem da Difusora que precisa de parcerias com outras instituições de pesquisa, para conseguir colocar o Cetas em operação, mas estabeleceu que a unidade entrará em operação, antes do final de 2025.