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O Centro de Convivência e Fortalecimento de Vinculo do Idoso – Tia Nega, atua para o bem estar da terceira idade em Três Lagoas há mais de 32 anos. A coordenadora, Roberlúcia Vargas, explica que o projeto é vinculado a assistência social, e que é necessário que o idoso vá em algum CRAS da cidade, mas que encontra resistência “A maioria dos idosos não querem vir, porque acham que vão ficar no abrigo, o que não é caso, eles vem um período e depois retornam para a família”.
Outro ponto abordado, é que muitas vezes estes chegam tristes, receosos, isolados, e que com o tempo eles desenvolvem autonomia, vínculos, criam amigos e participam das oficinas, dentre elas o coral, dança, pintura, tricô, ginástica e jogos.
Vargas comenta a transformação que ocorre, e como ao longo do tempo, o projeto se torna a família e a alegria diária “Tem idoso que faz todas as atividades, sai do coral e vai para o violão, mas tem outros que preferem vir para conversar e contar histórias.”
O Centro funciona de segunda a sexta-feira, atendendo a todos os CRAS do município, beneficiando cerca de 350 idosos. São oferecidos café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, além de transporte para aqueles que necessitam.
O casal José Corrêa e Lúcia Corrêa, 66 e 60 anos, participam ativamente do projeto há três meses, presentes em todas as atividades e já percebem melhoras. “A atividade física é de suma importância principalmente para a gente que entrou na terceira, até para cabeça, corpo, alma e coração, aqui na convivência você acaba se doando mais e transforma de dentro para fora.”, compartilha Lúcia.
Terezinha dos Anjos, 87 anos, frequenta o projeto há mais de uma década e ressalta a importância de se manter ativa. Em especial, comenta o apreço pelos os encontros de quarta-feira, nos quais assistem a palestras em universidades.
O caso de Elise Barbosa, de 67 anos, demonstra a importância do projeto para a saúde mental, esta pede para que todos que estão se sentindo deprimidos procurem ajuda e participem desta ação que mudou sua vida.
“Vim para o projeto porque estava com a vida destruída depois de perder meus filhos, não fico mais chorando em casa, faço ginástica, danço, canto, isso aqui para mim é vida. A forma que me acolheram com um amor tão grande, a gente brinca e é a maneira que temos para sobreviver.” declara Barbosa.
A história de Claide da Cunha, 76 anos, é um exemplo inspirador de superação. Mesmo após um AVC, câncer de mama e a perda do marido, ela encontrou no projeto uma forma de recuperação. Desenvolveu uma técnica de tear de pregos com apenas uma mão, compartilhando seus conhecimentos com outras participantes. “Minha autoestima melhorou, com a convivência e as amizades, com essa técnica eu ensino para minhas amigas e nós conseguimos fazer coisas bonitas”.
Letícya Guimarães.