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O governo de Mato Grosso do Sul lançou, no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, um programa destinado a melhorar a relação e a comunicação de pessoas que possuem deficiências ocultas, como o TEA (Transtorno do Espectro Autista) e a paralisia cerebral, na sociedade.
O programa MS Acessível é inédito no país. Divulgado como Lei Federal no ano passado, Mato Grosso do Sul instituiu o programa como Lei Estadual nº 5.969 ainda em 2022, destacando-se como o primeiro estado do país a cumprir a legislação.
Ele tem como objetivo lançar dois cordões de cores diferentes que facilitam a comunicação das pessoas com deficiência com a sociedade sul-mato-grossense.
De acordo com o governador Eduardo Riedel, que marcou presença no evento realizado no Auditório do Bioparque do Pantanal ao lado da primeira-dama Mônica Riedel, o programa faz parte do desenvolvimento da população, contando com a parceria de instituições da sociedade civil que lutam há anos pela visibilidade.
Outra presença marcante no evento foi a secretária de Cidadania, Viviane Luiza, que, ao lado de representantes de instituições, relatou que foram ministrados cursos para os servidores estaduais e que há estudos em andamento para implementar a comunicação por meio do cordão de girassol na sociedade sul-mato-grossense.
“Estamos com aproximadamente 780 servidores que foram capacitados em menos de uma semana e estão aptos para realizarem os atendimentos. Aos demais, em breve vamos lançar um cadastro no site [escola.gov] para que consigamos colocar esse treinamento à disposição de empresários, funcionários de comércio e outros departamentos”, relatou.
Capacitação de servidores
O programa MS Acessível está à disposição primeiramente de servidores estaduais de todos os cuidados de Mato Grosso do Sul. Todos eles realizaram cursos buscando entender e compreender a empatia de pessoas com deficiência em departamentos de governo e outras repartições públicas. Aos que estiverem capacitados, receberão um cordão branco e outro verde para atender as pessoas devido a sua prioridade.
“Os cordões devem especificar como serão os atendimentos. O cordão branco é para pessoas que possuem autismo. A de cor verde é destinada aos que possuem deficiência oculta”, especificou a secretária de Cidadania, Viviane Luiza.
Segundo a secretária, o MS Acessível deve unir pastas do governo para promover ações voltadas à integração de pessoas com deficiência oculta.
“Começamos a pensar em programas voltadas ao turismo, começando por Bonito, onde faremos um mapeamento de políticas públicas e uma ação para aprimorar ainda mais a inserção destas pessoas no mercado de trabalho”, relatou.
Conforme comentado no evento, Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 9 mil habitantes que possuem alguma deficiência oculta. A primeira dama Mônica Riedel relatou que já se deparou com momentos preconceituosos e percebeu como a sociedade desconhece as necessidades das pessoas com deficiência.
“Quando participei de um primeiro evento público com mães, percebi muita coisa de ignorância da sociedade e desconhecimento das pessoas sobre o tema. Por isso vamos distribuir esses cordões dentro dos departamentos públicos para que podemos aderir ainda mais conhecimento”, relatou.
Correio do Estado.