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Em decorrência da falta de chuvas, conta de luz pode sofrer duplo aumento no MS - Difusora FM 99.5

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Em decorrência da falta de chuvas, conta de luz pode sofrer duplo aumento no MS

Com chuvas muito abaixo do esperado e recordes na demanda por energia elétrica, janeiro foi considerado como um dos piores da série histórica pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com isso, foi ligado o sinal de alerta para este ano, o que pode indicar aumento na conta de energia com a provável mudança de bandeira tarifária.

Outra alteração que deverá encarecer a conta de energia elétrica de 1,1 milhão de consumidores atendidos pela Energisa MS em 74 municípios do Estado é o reajuste anual previsto para abril. No ano passado, o porcentual médio de aumento foi de 9,28%.

A reunião que definirá os novos valores está prevista para abril e, com a mudança de bandeira tarifária, acarretará um duplo aumento na conta dos consumidores do Estado. 

“Já estamos em processo de reajuste. São 45 dias aproximadamente até a definição, e o dia 2 de abril de 2024 é o prazo final, uma vez que deve ser homologado pela Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] em uma reunião ordinária da agência”, detalha a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen-MS), Rosimeire Costa.

A representante do Concen-MS explica que, quanto à questão das chuvas, o impacto para o Estado será por causa das bandeiras tarifárias, que foram definidas pelo governo federal em 2015. 

“Se a gente tiver um recrudescimento da série histórica e do nosso índice de reservatório que cause preocupação, a iniciativa do governo será lançar mão das bandeiras tarifárias e mudar de verde para as que se seguem, que pode ser a amarela, que é um sinal de atenção, e a vermelha patamar 1 ou 2, que chega com um aumento de até R$ 7 na fatura”.

Rosimeire pontua que, conforme a série histórica, o índice de precipitações de 2024 está ainda muito melhor do que a crise vivida em 2021. “O que precisa é o Operador Nacional do Sistema Elétrico, que tem toda matriz na mão, optar por usar a hidreletricidade, a eólica ou a solar. Ou seja, isso fica muito sob responsabilidade do ONS”.

Corroborando, o engenheiro mecânico e consultor técnico do Concen-MS Ricardo Vidinich destaca que “a previsão mensal para fevereiro indica a ocorrência de afluências abaixo da média histórica para todos os subsistemas”.

Cabe ressaltar que há 22 meses a bandeira tarifária se mantém verde, em razão das condições favoráveis de geração no País. O sistema de bandeiras foi criado pela Aneel para sinalizar o custo real da energia gerada.

Correio do Estado.

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