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Após letalidade recorde, PM de MS vai adotar câmera corporal

No ano passado, Mato Grosso do Sul bateu recorde de mortes causadas por agentes do Estado, com 131 mortos de janeiro a dezembro – índice 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos. Em 2024, 59 pessoas já foram mortas pela Polícia Militar, conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

Um dos mecanismos a serem utilizados para tentar reduzir, controlar e monitorar os casos de morte em confronto policial é o uso de câmeras corporais, instaladas nos uniformes dos agentes policiais.

Mato Grosso do Sul foi um dos 15 estados que manifestaram interesse em adquirir os equipamentos, aderindo à licitação da União para a compra dos equipamentos, encerrada na última segunda-feira (23) e prevista para o mês de novembro.

Por se tratar de uma verba da União, o Estado deverá se adequar às diretrizes nacionais sobre o uso das câmeras corporais, portaria assinada em maio deste ano pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Conforme noticiado pelo Estadão, os recursos serão repassados pelo Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Cada estado tem uma cota fixa, mas a disponibilidade do recurso segue uma série de critérios, sendo um deles a implementação das câmeras corporais.

Estados que aderiram à licitação:

Além de Mato Grosso do Sul, os estados de Alagoas, Roraima, Paraíba, Sergipe, Amapá, Paraná, Ceará, Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Pernambuco, Tocantins e Rondônia aderiram ao pregão.

Números

Nos últimos cinco anos, 320 pessoas foram mortas pela polícia em Mato Grosso do Sul, como mostra levantamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

A maioria das mortes foram de pessoas do sexo masculino (294), sendo que 21 das vítimas não tiveram o sexo informado. Quanto à idade, a maioria dos óbitos foram de jovens (164) entre 18 e 29 anos; seguida por adultos (122) de 30 a 59 anos; adolescentes (9) de 12 a 17 anos; e idosos (10), de idade superior a 60 anos. Do total de registros, 15 não informaram a idade da vítima.

Correio do Estado

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