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Uma ação ambiental da empresa CTG Brasil soltou 80 mil peixes da espécie pintado, em dois pontos do Rio Paraná: na prainha de Itapura, no reservatório da Usina Hidrelétrica Jupiá, e na ponte do rio São José dos Dourados, no reservatório da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira. A iniciativa faz parte de um projeto pioneiro da empresa de geração de energia limpa, para proteger a espécie, considerada “vulnerável” pelo Ministério do Meio Ambiente desde 2022.
Como funciona o projeto de reprodução – O projeto começou em 2021, com a captura de peixes da espécie pintado nos rios da região para formar um plantel de reprodutores. Esses peixes passaram por um período de adaptação em cativeiro enquanto os técnicos aprimoravam a reprodução “in vitro”, uma técnica que permite fecundar os óvulos em laboratório, garantindo maior controle e sucesso na reprodução.
As solturas, realizadas agora em janeiro, são o resultado de anos de estudo e preparo. A empresa informou que o projeto faz parte do Programa de Manejo e Conservação da Ictiofauna, que busca proteger diferentes espécies de peixes nativos da bacia do rio Paraná.
Importância do pintado e os riscos enfrentados – O pintado é uma das espécies mais emblemáticas dos rios brasileiros, conhecido por seu tamanho avantajado e importância para o equilíbrio ecológico. No entanto, de acordo com a Portaria nº 148 do Ministério do Meio Ambiente, ele está na categoria de “vulnerável”, o que significa que sua sobrevivência depende de ações específicas para mitigar as ameaças que enfrenta.
Entre os fatores que colocam o pintado em risco estão a construção de barragens, que impedem a migração para a reprodução, e a pesca excessiva, que reduz drasticamente a população em algumas regiões.
A CTG Brasil acredita que a soltura de 80 mil pintados, criados em ambiente controlado, contribuirá para a recuperação da espécie no rio Paraná. “Nosso objetivo é devolver ao ambiente natural um número significativo de indivíduos para que eles possam repovoar os rios e equilibrar o ecossistema local”, afirmou a empresa em comunicado.
Uma iniciativa que alia ciência e preservação – Projetos como este demonstram o papel da ciência no combate à perda de biodiversidade. A reprodução em laboratório, ainda que complexa, oferece uma alternativa viável para espécies cuja reprodução natural foi comprometida.
Além disso, a CTG Brasil reforça que o programa de conservação não se limita à soltura de peixes. A empresa realiza monitoramentos periódicos nos reservatórios para avaliar a adaptação dos pintados soltos e entender como eles interagem com o ambiente.
Ao longo dos próximos meses, mais solturas devem acontecer, ampliando o impacto do projeto.