Eliane Freitas
Uma operação da Vigilância Sanitária Estadual, em parceria com o Programa de Defesa e Proteção ao Consumidor de Três Lagoas (PROCONTL) e a Saúde Municipal, recolheram cigarros eletrônicos em estabelecimentos da cidade.
O combate à comercialização de cigarros eletrônicos em Três Lagoas levou os fiscais a diversos comércios locais, que foram alvo da inspeção.
Como resultado foram recolhidos mais de 200 unidades de cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”. A venda desses produtos foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril deste ano, conforme a regulamentação da agência, que proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda dos dispositivos.
Durante a operação, foram vistoriados cinco estabelecimentos comerciais. Os “vapes” apreendidos contêm nicotina em diferentes concentrações, além de substâncias químicas prejudiciais à saúde, como aditivos e sabores artificiais.
O médico diretor da Saúde Coletiva de Três Lagoas, Vinicius Neves, destacou em entrevista ao Tribuna Livre, a capacidade destrutiva dos cigarros eletrônicos.
“O uso a curto e médio prazo geram diversas doenças respiratórias. Ao contrário dos cigarros comuns, que demoram em média 20 anos para causar danos graves à saúde, o cigarro eletrônico tem a mesma capacidade, em menos tempo. Em média, o aparelho leva cerca de 5 anos para comprometer de forma irreversível a saúde dos pulmões.” ressaltou Neves.
Todo o material apreendido foi catalogado e armazenado em sacolas lacradas. Além da apreensão, os proprietários dos comércios vistoriados poderão ser multados em até R$ 30 mil, conforme as infrações verificadas.