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Um homem, identificado apenas como Carlos, foi preso e multado em R$ 50 milhões, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por provocar uma muralha de fogo durante a festa do Banho de São João em Corumbá. O suspeito e familiares são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF), que foi deflagrada pela Polícia Fderal, nessa quinta-feira (10).
Segundo a investigação, a família explora ilegalmente a região para a criação de gado. Os suspeitos queimaram uma área de 6.550 hectares em território brasileiro para abrir a pastagem para a criação de gado. A multa aplicada se refere à destruição dessa área. O incêndio teria começado em Corumbá, numa região de propriedade da União.
Segundo a PF, o fogo começou em 1º de junho e se estendeu para a Bolívia. Uma fonte ouvida pelo g1 estima que se somadas as queimadas em território boliviano, a área total atingida pelo incêndio passe de 30 mil hectares.
Sete pessoas são investigadas: Carlinhos Boi e seus filhos Antônio Carlos de Borges Martins (Poré), Carlos Roberto Alves Martins, Damião Alves Martins, Carlos Francisco Alves Martins e Carlos Antônio de Borges Martins.
Ao apurar a origem do fogo, a Polícia Federal se deparou com outros possíveis crimes e passou a investigar o uso de terras da União para a criação de gado e a suspeita de contrabando de bois da Bolívia, além de ter encontrado um trabalhador em uma condição com indícios de ser análoga à escravidão. “Apesar deles terem crédito virtual na ficha da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), não existe essa quantidade alta [de gado] no local físico, então leva a crer que pode estar havendo também esse contrabando de gado bovino e entre o Brasil e Bolívia”, informou a chefe da unidade técnica do Ibama de Corumbá, Jussara Barbosa da Fonseca Alves.
Entre os crimes investigados estão:
O delegado da PF em Corumbá, Estêvão Baesso, explicou que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em duas propriedades da família – a residência e um assentamento na zona rural – contra seis dos investigados. Um sétimo integrante da família também é investigado, mas já preso preventivamente por outro crime.