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Mesmo com oferta, policiais civis decidem manter greve em MS

A entidade que representa os policiais civis atuantes em Mato Grosso do Sul decidiu manter a paralisação marcada para esta quinta-feira (19). A categoria cobra promessa da gestão anterior de elevar a remuneração para que seja a sexta melhor no âmbito nacional.

Conforme o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa, o indicativo de greve não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito.

“Policiais, decidimos manter o cronograma de paralisações durante a noite desta quarta (18). Estamos reivindicando os nossos direitos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, a partir das 7h30”, comunica o titular da entidade em vídeo encaminhado a grupos de mensagem.

Já o Sinpof (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses) também confirmou a adesão no movimento, com paralisação às 9h, em frente ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), instalado na região do Lago do Amor.

A reportagem do Campo Grande News apurou que, no sábado (21), uma assembleia deve analisar as propostas enviadas pelo governo do Estado durante a tarde de hoje. Os termos foram detalhados pelo secretário de Administração, Frederico Felini.

Reivindicações – Os policiais querem reajuste de 28% no subsídio, para que o salário atinja a sexta posição no ranking nacional, aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira.

No entanto, Felini explicou que o Executivo mantém a oferta inicial de incorporar auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200 conforme a posição do policial na carreira. Para a menor remuneração, haveria, ainda, abono de R$ 150, diante  de descontos previstos na folha de pagamento. Essa iniciativa atenderia cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.

O secretário pontua que isso pode gerar aumento real de 8% e revela disposição do governo em atender demanda dos policiais. Ocorre que, além do aumento de 100% no auxílio, os servidores reivindicam também auxílio-saúde, a exemplo do que foi criado por lei recentemente para os delegados, e 18% de aumento salarial.

A segunda possibilidade, segundo Felini, é encurtar a progressão na carreira dos policiais, excluindo a fase inicial, que tem a menor remuneração, hoje em R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso dos agentes a R$ 6,3 mil, atendendo cerca de 300 a 400 pessoas.

O titular da Administração diz que nesse momento não há condições de fazer um escalonamento para elevação gradativa da remuneração, apontando que envolveria previsões orçamentárias.

Campo Grande News

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