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A venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, continua emperrada, apontam analistas de mercado. O ativo quase chegou a ser vendido para o grupo russo Acron neste ano.
Porém, o processo acabou sendo suspenso pela Petrobras em abril deste ano, já que os russos iriam alterar o plano de negócios da unidade, o que iria impossibilitar as aprovações governamentais, explicou a estatal na época sem dar mais detalhes.
De acordo com os analistas, o setor lembrou ainda que há incertezas sobre a manutenção do Plano Nacional de Fertilizantes, elaborado pelo atual governo, que tem como meta reduzir a dependência de importação de 85% para 45% até 2050 por meio de incentivos fiscais, linhas de financiamento e mudanças regulatórias.
A fábrica, que está com 80% de suas instalações prontas desde 2014, teve suas obras suspensas por conta da crise gerada pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
Pelo projeto original, a unidade tem capacidade de produção de 3.600 toneladas por dia de ureia, volume que responde por cerca de 20% do consumo do país. Há ainda capacidade de produzir 2.200 toneladas por dia de amônia.
